O importante papel da mulher na indústria da moda
Cada vez mais é discutido sobre o papel das mulheres em diversos setores da vida humana, mas, infelizmente, o cenário de vida ideal para ela ainda está longe de ser alcançado. O lugar da figura feminina é constantemente questionado e invalidado, fazendo com que elas tenham que lutar e se posicionar muito mais para que suas vozes sejam ouvidas. Na indústria da moda, isso também não é diferente.
Quem está no comando?
Um pensamento muito comum quando pensamos sobre o mundo fashion é acreditar que moda “é coisa de mulher”, mas isso está longe de ser verdade. De acordo com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), 75% da mão de obra da indústria têxtil é feminina, e destas, apenas 15% estão em posições de liderança.
Esses números ressaltam a força das mulheres em trabalhos operacionais, de base, e a falta delas em locais de comando, sendo, quase sempre, submetidas à palavra final de um homem. Um exemplo disso, é possível encontrar nas marcas Chanel, Dior e Lanvin, que contam com homens como CEO, mesmo voltadas predominantemente ao público feminino, reforçando essa distinção de gênero existente em relação às funções de trabalho.
Em diversas pesquisas já realizadas, as mulheres provaram ser mais empáticas, práticas, que se preocupam com medidas sustentáveis e responsáveis. Até mesmo, de acordo com estudo realizado pelo Peterson Institute for International Economics, o desempenho das empresas melhora quanto maior é a proporção de mulheres em posições de liderança corporativa: 30% de presença feminina em cargos executivos seniores têm lucro 15% maior do que aquelas cuja presença é menor.
Mas, por que elas não estão no comando?
Um pouco da contextualização histórica
Quando olhamos para a história entendemos o porquê de padrões como esse. No pós-Revolução Industrial, os homens aristocratas precisavam de vestimentas para trabalhar e com essa necessidade surgiu uma alfaiataria mais sóbria, sem tanta extravagância e acessórios como era o costume da época. Dessa maneira, as roupas femininas passaram a ter mais visibilidade e relevância de uma perspectiva estética e simbólica.
Com isso, a moda tornou-se o que é e passou a ser notada, negociada e registrada, tanto nas classes altas, como baixas (com bem menos glamour). Nas fábricas têxteis, contudo, as condições de trabalho eram péssimas e, após o surgimento da Primeira Guerra Mundial, o que era ruim, se tornou pior. Como a força de trabalho masculina foi reduzida, era nessas fábricas que as mulheres (e até crianças) viam a única saída para conseguir renda.
É claro que essa mão de obra foi marcada pela exploração por se tratar de um público muito discriminado e invalidado na época. A jornada podia ser de até 16 horas, em ambientes insalubres e com salários baixíssimos. Inclusive, o movimento pelo direito do trabalho no mundo surge em manifestações feitas pelas mulheres que originaram o Dia Internacional da Mulher.
E hoje, quase 200 anos depois, ainda enfrentamos a herança desse período. São altíssimos os números de mulheres exploradas nessa indústria, de acordo com a ONG Remake, trabalhadores do setor de vestuário em Bangladesh, principalmente mulheres, ganham em torno de US$ 96 por mês, porém uma pessoa precisa em média 3,5 vezes esse valor para ter uma vida melhor, com suas necessidades básicas atendidas.
Mudar a roda, para mudar a moda
A partir desse olhar para o mundo da moda, é possível notar a importância de lutar por condições de trabalhos igualitárias para todos os gêneros e, principalmente, oferecer oportunidades para que tanto homens, quanto mulheres, possam ter a capacidade de chegar até o topo da indústria de forma justa. Quando o dinheiro for direcionado às mulheres, a roda muda de sentido e a sociedade se transforma para melhor.
E como você pode fazer parte dessa mudança? Apoie mulheres da sua comunidade: aquela costureira que está começando agora ou aquela amiga fashionista empreendedora, que vende roupas e acessórios depois daquela garimpada no brechó. Além disso, não deixe de denunciar empresas abusivas, que não remuneram suas funcionárias da forma correta ou as exploram de alguma forma.
O caminho para essa transformação necessária pode não ser tão claro e fácil, mas está ao nosso alcance e mudar a moda é um dos caminhos. Como destacou a designer de moda, Anne Klein, “as roupas não vão mudar o mundo. As mulheres que as vestem sim”, e todos que lutam por elas, também.
Vamos juntos?
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